A cultura patriarcal orienta as mulheres a se colocar sempre em segundo plano, priorizando sempre os papéis de cuidado e apoio. Embora já tenham acontecidos grandes avanços, a maior parte das mulheres tem dificuldade de se afirmar diante da própria vida e passam a maior parte do tempo tentando corresponder às expectativas dos outros, sem saber o que de fato quer ou, sem ter coragem para trilhar seu próprio caminho sem interferências externas.

Como mulheres, aprendemos a atender o que está fora de nós, na crença de que se formos “boas meninas” seremos mais amadas. É comum duvidar da própria capacidade, agindo com submissão e esperando autorização externa para poder ir em busca do que quer ou acredita. Quando a “autorização” não chega, o que acontece na maioria das vezes, vemos mulheres frustradas, angustiadas, adoecidas... seguindo a vida com uma sensação de vazio ou sofrendo de ansiedade e depressão. Fazer o caminho de volta exigirá uma grande coragem, para mergulhar em si mesma, enfrentando as partes mais escuras e feias de sua alma, para poder encontrar a própria luz e assumir o brilhantismo da própria vida.

O poder da mulher inteira é o poder compartilhado. Quando estamos integras em nossa alma, estamos centradas em nós mesmas e somos capazes de nos unir com outras mulheres em partilha e força. Sem competição, sem rivalidades. A mulher inteira é a realizadora que trabalha em prol de uma sociedade mais justa, mais criativa e pacífica. Ainda há muito a caminhar para que todas as mulheres possam estar na sua plenitude e totalidade. Ainda estamos em travessia para despertar o Feminino Consciente, aprendendo a distinguir o cômodo do autêntico, o falso do sincero, o artificial do natural, permitindo que nossas ações brotem da nossa verdade mais profunda.